quinta-feira, junho 25, 2009
Pergunta sobre contratos de ilustração 1
(capa do livro A Formosa Princesa Magalona e o Amor Vencedor do Cavaleiro Pierre de Provença
de autoria de Rui de Oliveira – imagens e textos; e projeto gráfico de Ana Sofia Marins, editora Ygarapé/2009 - onde o editor negocia os melhores contratos com os autores)
"""Thais,
Obrigada pelas informações. Gostaria de ter um contrato que esteja dentro da
leis de DAs e que esse contrato seja aceito pelas editoras sem
estresse. Infelizmente é sempre um momento tenso.
O contrato que você utiliza normalmente é aceito pelas editoras?"
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Minha resposta:
Depende do editor, o melhor é quando o editor que lida diretamente contigo é também o dono da editora, isso faz com que ele queira maior qualidade e tb fica bem mais constrangido de se passar por explorador. Ainda assim é complicado, mas quando o editor percebe que o contrato justo não significa entrave, ou mesmo risco maior (em termos de retorno financeiro) ele relaxa.
Especificar o uso da obra (deixando claro que não pode sair re-utilizando a torto e a direito), limitar mídias, região - isso tudo é tranquilo, ponto pacífico.
Quanto ao prazo, eles sempre ficam inseguros, talvez por medo de não conseguirem re-editar (tolice, qual ilustrador não iria querer continuar ganhando com sua obra?) Então pedem para que tenha cláusula de renovação automática. Isso não é bom, mas dá para aceitar se vc for bem alerta. Consigo também um ganho pela venda de governo, mas também menor do que seria o ideal - novamente os editores temem, por conta dos super descontos deste tipo de venda. Você até ri de tão miúdo o ganho do ilustrador... entretanto, mesmo assim é essencial que se caminhe para frente, que se mude de vez a cultura escravagista dos contratos de cessão integral.
Se ainda está longe o ideal é justamente porque fica muito difícil reclamar de um contrato abusivo quando o principal argumento do editor é "Mas os OUTROS ilustradores assinam..."
Aliás, isso é muito interessante, eles nunca mostram planilhas que justifiquem um eventual prejuízo se atenderem aos ilustradores, ou mesmo argumentos que expliquem por que tenham de ficar com os DAs de forma integral.
Os argumentos são apenas DOIS: "os outros assinam" e "é procedimento padrão da empresa",impõem contratos de adesão em direitos autorais (grifem em suas telas a palavra empresa...).
Vamos parar de dar "argumentos" aos exploradores?
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