sexta-feira, janeiro 11, 2019

Identidade Visual em Direitos Humanos

Este comecinho de ano veio bom com o pedido de criação de identidade visual (com diversos sub-produtos) para seminário de direitos humanos na educação organizado por amigas que são referência nacional na área. Professoras, antropólogas, historiadoras, juristas... conheço um time de me inspira e vem me orientando em estudos na área. Parte de minha formação como educadora vem através delas.
Por isso, quando sinto que posso retornar de alguma forma com meu trabalho, toda essa admiração que tenho por elas, fico feliz.

A primeira demanda foi por uma arte para aplicar em bolsa que levará o material do seminário.
Peguei o tema e comecei a pensá-lo dentro das diretrizes de comunicação específicas da área.
Há todo um histórico de como a simbologia desta área se desenvolveu, há figuras que são mais reconhecidas (e penso também nestas artes sendo apreciadas por pessoas de fora do país), há ainda a questão de reações emocionais a estas.

Dentro de um tema que abraçará pontos que despertam reações negativas, por estarmos justamente no enfrentamento às violações de direitos essenciais, é preciso pensar imagem que represente bem, mas sem deprimir aquele que busca força na união e informação.

Temos nossas vidas sob risco, nossa liberdade ameaçada, retrocessos que nos apontam desfechos sinistros, contrários a uma sociedade de verdadeira paz e justiça pra todos.

Assim, em cada tema que me saltava à mente, rabisquei as ideias inicialmente assustadoras e depois procurava qual seria sua "solução" para vencer o desafio.

Pamella Passos, que me orientou nos pedidos, me lançou a ideia de uma professora que sendo censurada seria socorrida por alunos. Ela perguntou se não seria óbvio demais, mas o caso é que a maioria das imagens que abordam desta forma o tema, o desfecho é desanimador! Mas no cenário montado por Pamella, os alunos resgatando, é o que "salva o dia", ao mostrar que a nova geração não está aceitando ser transformada em gado que segue sorridente pro abate.

O ato de censura, eu personifiquei. Colocar antropofórmico um conceito, é um recurso que é muito bacana, e é usado por comunicadores gráficos desde que o lápis fez amizade com o papiro. Fornece um entendimento geral da questão ao leitor da imagem.

Do outro lado, a professora e as crianças, sendo personagens específicos, são aqueles com as quais o público de identifica: conhecemos alguma professora como aquela, temos alunos como estas crianças!

Aqui a seguir está a arte em processo e algumas propostas paralelas que podem ser utilizadas em outras ocasiões ou até mesmo dentro da papelaria produzida pra este seminário.

Ainda sem o estudo de cor, que virá mais adiante.
Neste caso, utilizaremos 3 cores silkadas, o que fornece possibilidades muito bonitas.


Imagem selecionada, mas ainda em processo.
Repare que a composição está sem equilíbrio: todos os elementos escapam pela direita, acelerando a fuga pela diagonal de leitura. Corrigi isso na imagem que será usada mais adiante.


Uma proposta usando especificamente o símbolo que figura no logotipo dos Direitos Humanos utilizado internacionalmente, só que adaptado com lápis e caderno pra puxar pro tema da educação.


Mais sutil, criando uma ID própria para o seminário. Pode ser reproduzida em formatos mínimos como broches e selos. É bem genérico, mas utilizado junto ao título, não fica perdido em seu significado.


Mesma ideia que a anterior, mas buscando uma mensagem mais otimista. Aqui é como se a gente já estivesse na sequencia da resistência e já na construção.

Aqui a imagem escolhida já com a composição corrigida.


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