Fiquei muito feliz em ser novamente selecionada para me apresentar no Paixão de Ler – evento promovido para difusão da leitura no Rio de Janeiro, tudo graças à parceria com a AEILIJ.
Desta vez fui oficineira de cordel e gravura.
Nos encontramos no Calouste, com a turma 1305 da Escola Municipal Tia Ciata e alguns participantes adultos.
Ganhei uma sala enorme, com estrutura de ateliê, e podemos espalhar o material sem constrangimento pelas mesas. Todas as crianças puderam criar e produzir com gosto.
Então, usando técnicas próprias de criação e roteiro, coloquei a meninada para elaborar seus próprios versos de cordel. O que foi fácil, dado o grande envolvimento e criatividade deles. Vou dizer que fiquei impressionada! Havia ali bons autores – futuros artistas? Quem sabe. O material criativo eles já possuem, e é uma questão de continuar trabalhando com eles.
Com os versos prontos, entreguei a cada participante cadernos montados na forma de cordel, para que neles escrevessem suas histórias e depois imprimirmos as capas.
Ocorre que a xilo, por usar goivas cortantes, não seria apropriada para uma oficina rápida. Algumas pessoas, ainda não tendo habilidade com as faquinhas, poderiam se cortar. Eu mesma, a primeira vez que fiz gravura (com a idade aproximada daqueles alunos), acabei com uma goiva afiada enfiada na palma de minha mão.
Expliquei então que usaríamos lâminas de macaxeira no lugar da madeira, e pontas secas (palitos de churrasco, no caso) para traçar os desenhos nas matrizes.
Espalhei os suprimentos: tintas, pincéis, papéis para estudos, lápis, borrachas, macaxeiras e até lâminas de batatas (para quem quisesse também experimentar a "batatogravura").
As matrizes foram criadas e carimbadas nas capas dos cordéis!
Nos despedimos, as crianças com suas obras autorais, seus cordéis bem coloridos e poéticos nas mãos, e eu com memórias dos bons momentos no Paixão de Ler.
Muito obrigada, sobretudo a professora Aline Dias! Que elegeu minha oficina para seus alunos. Adorei conhecer vocês, e me senti muito honrada pela sua presença.
A seguir o texto de apresentação de minha oficina do Cordel da Macaxeira:
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