sábado, maio 23, 2015
O CORDEL DA BATATA
Título:"O Cordel da Batata"
Temática abordada na oficina:
Literatura de Cordel: texto, história e arte da xilogravura.
Sinopse da Oficina:
Conheceremos a arte da literatura de cordel e criaremos cordéis, na rima, no ritmo e também nas tintas e papéis. Para pendurar no fio de nossa ciranda.
Apresentação da Oficina:
Através do princípio muito ecologicamente correto de uso de materiais da terra, e apresentando uma prima da xilogravura, prima esta que é muito saudável, chamada batatografia, imprimimos cordéis de grande bom gosto mediante o emprego de matrizes feitas com lâminas do tubérculo pomme-terrae, aquele domesticamente conhecido como BATATA.
Assim o cabra, e a moça, poderão ilustrar seus repentes com bonitas e coloridas imagens. O carimbo de batata, sendo resistente e cheiroso, permite uma boa tiragem dos impressos mais arretados que já se viu nestes sertões paulistas.
Aí foi: a batata, a tinta (plástica comum, não precisaria ser de gravura), grampeador e o papel. No lugar da goiva de metal tradicional, usamos qualquer ponta seca: canetas bic, palitos, lápis sem ponta.
O Cordel da Batata consiste em duas ou mais folhas de A4 dobras e cortadas para formar o libreto, 1/2 escrito a mão, 1/2 ilustrado.
A vantagem do cordel de batatas é que até as crianças pequenas podem fazer, sem perigo de ferir as mãos.
Batatógrafa: Thais "da Gota Serena" Linhares
Ilustradora, escritora e gravadora com mais de 20 anos de mercado editorial e de artes gráficas. Associada AEILIJ.
Formada pelo Senai de Artes Gráficas e Bacharel em Artes Plásticas com especialização em gravura pela UFRJ – Escola Nacional de Belas Artes.
Objetivo da Oficina:
Estimular a criatividade de forma casada entre texto e grafismo. Gerar o gosto pela arte do cordel e seus desdobramentos. Fomentar a socialização e cooperação através da artes.
Justificativa da Oficina:
Com essa oficina posso passar duas grandes paixões: cordel e xilogravura. Sou xilogravadora formada pela UFRJ - Belas Artes/Gravura. Usando recursos mais seguros como matrizes de batatas (evitando o uso da madeira e goivas que poderiam ferir os iniciantes), e fazendo junto uma oficina de versos de cordel, completo um ciclo criativo com ambas as artes.
Desenvolvimento:
Na primeira parte, cada participante será estimulado na busca de sua temática e desenvolvimento de seus versos. Depois faremos a arte dos mesmos usando matrizes simples feitas com lascas de batata.
No segundo encontro será a apresentação e apreciação dos cordéis.
Conteúdo programático da oficina:
Primeiro encontro:
A arte do cordel: seus artistas, sua história, leitura de alguns cordéis famosos;
Escrevendo o cordel: busca do tema, o ritmo e os versos, o cantar;
Publicando o cordel: preparar os cadernos para impressão, escrita e título;
Batatogravando o cordel: preparo das matrizes, tintas, gravação e secagem.
Segundo encontro:
Finalização das artes, e apresentação (declamação) dos cordéis e hora de muito ô-xente.
Leitura final dos clássicos dos cordéis brasileiros.
Entrega do título honorário de Batatógrafo-cordelista-da-gota-serena.
Equipamentos necessários:
Varal para pendurar os cordéis para secar, mesas de trabalho, grandes, acesso a banheiro, tanque de água.
Certificados impressos (produzirei as artes, o SESI pode imprimir? Pode ser fotocopia ou em impressora comum).
Materiais necessários:
Papel sulfite (branco e cores variadas, claras), lápis/canetas, um a dois quilos de batatas, faca de corte (uma, ficará comigo), bandeja de alumínio para entintar as matrizes feitas com as batatinhas, tinta plástica comum para artesanato várias cores.
Papel toalha em abundância para a limpeza das mãos. Aventais protetores, se possível.
Carga horária da oficina:
Um encontro de 2 a 3 horas (versão de bolso)
ou
Dois encontros de três horas = 6 horas (versão longa estrada)
Quantidade ideal de participantes para a realização da oficina:
De 10 a 30 participantes.
Bibliografia utilizada na Oficina:
Cordéis clássicos e atuais. Exemplo (dos que eu levarei para leitura e apreciação):
"As Peripécias da Vaqueira Rosadina"- de Gonzaga de Canindé e Arievaldo Viana, Ed. Coqueiro - Recife - PE / 2011;
"Yoyô, o Bode Misterioso"– Arievaldo Viana, Ed. Coqueiro - Recife - PE/2011;
"O Peido e suas histórias", de Davi Teixeira, xilogravado por Wagner Porto – União dos Cordelistas de Pernambuco/2010;
"Maria Bonita - A eleita do Rei", de Gonçalo Ferreira da Silva, ed. Queima Bucha, Mossoró - RN;
"Dom Quixote de La Mancha - Cervantes em Cordel", adaptação de Stélio Torquato Lima, ed. Queima Bucha, Mossoró - RN.
Faixa etária ideal para a atividade literária:
A partir de 7 anos (já alfabetizados).
Luiz Salgado no PARTIO, adquira seu novo álbum!
Gabarito pra fazer o caderno do cordel:
São duas dobras, a linha das dobras
forma uma cruz da folha acima.
Aqui alguns babatografismos
(apenas sugestões! É livre o criar)
de como cortar a superfícia das babatinhas:
O Título do Batatoformando!
Na linha coloca o nome do recém-formado batatógrafo
e no pontilhado a data e o nome do mestre batatal.
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2 comentários:
Nossa. Excelente material!
tudo muito bunito
tudo artesanal
exatamente o que procuro
para uma aula genial!
vou fazer com minhas turmas
vai ser tudo mó legal.
tudo que é bom
a gente tenta copiar
se o elaborador
não se incomodar
levo as ideias comigo
para diversificar.
Leve e crie por aí
elaboro pra que fique
Do lado Oiapoque
aos ventos do Chuí!
<3 Linda ocê!
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