quarta-feira, setembro 30, 2015
Arte & Ativismo
A próxima HQ tem três páginas e classificou entre as finalistas da segunda Bienal Internacional de Quadrinhos.
quarta-feira, setembro 23, 2015
Educação em Direitos Humanos
Direitos Humanos é uma acordo entre todos nós da família humana de respeitarmos e protegermos uns aos outros. Cabe, por princípio, que os poderes estatais os defendam e difundam, pelo menos aqueles que assinaram o acordo internacional sobre o tema, e porque desejam se elevar a um patamar civilizatório que promova a paz e o avanço social.
O Brasil ainda se encontra na adolescência do que seria a prática do Direitos Humanos. Aqui a desigualdade social é ao mesmo tempo causa e consequência do desrespeito sistemático à dignidade promovida pelos Direitos Humanos.
A mídia geral, atrelada pelo senso comum, promove uma catástrofe ao atacar "os Direitos Humanos", tendo como alvo sobretudo os defensores institucionais dos mesmos, dando a falsa ilusão de que se nos tornarmos sádicos assassinos iremos "limpar" a sociedade do "mal", e talvez reduzir a violência.
Pecam sistematicamente em olhar a sociedade de forma crítica, avaliando ações e resultados. Há 500 anos que violamos os Direitos Humanos mais básicos dos cidadãos, há 500 anos temos práticas de tortura em quartéis/delegacias/presídos/asilos de idosos, são 500 anos de assassinato e opressão com os mais vulneráveis que prosseguem alimentando um ciclo vicioso de ódio, medo e intolerância. Ajudou?
Dizem que sabemos o grau de civilidade de uma sociedade pela forma como ela trata seus mais vulneráveis. E estes são: as mulheres, as crianças, os idosos, os pobres, os deficientes físicos e mentais, os LGBTT, os loucos, os discriminados por serem minorias sociais e sobretudo, seus prisioneiros e delinquentes. É aí que atuam os Defensores de Direitos Humanos. Porque é no extremo que se marca o início da escala de direitos. Garanta que um simples bandido seja tratado como gente que é, e teremos toda uma sociedade onde a indignidade e abuso não será mais tolerado.
As causas sociais da violência deveriam ser mais debatidas nas escolas, na mídia de tudo distorce, nas praças e nas artes. As maiores causas de violência são as violações de direitos que ocorrem diariamente em nosso país.
Sediado no Rio de Janeiro, o DDH conta com uma equipe de advogados ativistas que cuidam de proteger os cidadãos contra a violação de seus direitos e abusos por parte de agentes de Estado. Cursos de educação em Direitos Humanos também fazem parte de seu rol de atividades.
Existe um programa internacional de educação em Direitos Humanos que está transformando o mundo, o vídeo "Um Caminho para a Dignidade" o apresenta a nós.
No primeiro bloco, vemos como a educação de crianças de sexta a oitava séries, do grupo mais oprimido das castas indianas, os Dalits (Intocáveis), está criando uma sociedade de respeito e cooperação.
A seguir, mostra como a educação e engajamento da polícia australiana nos Direitos Humanos aumentou em muito a eficiência da mesma. A polícia de lá, era como a daqui: via o povo com olhos discriminatórios, racistas, como um inimigo a oprimir. Isso afastava e corroía a confiança dos cidadãos na polícia, prejudicava a eficiência das investigações, gerava um prejuízo imenso em processos contra o departamento por causa de abusos policiais.
O treinamento e respeito aos Direitos Humanos por parte da polícia, tornou as ruas mais seguras de verdade pela primeira vez em muito tempo.
O terceiro e último bloco acontece na Turquia, onde somos recebidos por Evram Gul, uma mulher forçada a casar ainda criança com um homem 15 anos mais velho, que a agredia, chegando a chutá-la quando estava grávida de 8 meses de seu primeiro filho. Devido a uma cultura extremamente machista, ela não só não contou com o apoio da família, como esta a perseguiu com armas quando Evram decidiu pedir pelo divórcio para salvar a si e seus filhos.
Neste ponto ela conheceu o projeto de educação em Direitos Humanos focado nas mulheres. Aprendeu a se comunicar melhor, a se impor como pessoa, quais seus direitos, e hoje atua como um exemplo para ajudar outras mulheres vítimas de abusos como ela.
Todo os seres humanos nascem iguais em direito.
É ISSO que significa respeitar e aplicar Direitos Humanos.
A inauguração de audências de custódia em menos de 48h,...
...a implementação de cotas para a representatividade melhor do percentual de mulheres na sociedade,...
... a criação de Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura...
... e o fim das violações decorrentes da revista vexátória em familiares de presos (sobretudo mulheres e crianças), foram algum dos avanços conquistados pelos defensores de Direitos Humanos no Brasil.
Obs, veja como o fim da revista, e o uso de scanners eletrônicos, melhorou tremendamente o bloqueio de entrada de drogas e armas nos presídios clicando AQUI.
O filme não tem legendas em português, por isso eu fiz esses resumos dos blocos. Mas vale a pena acompanhar as lindas imagens feitas pela premiada produtora e diretora do filme, a cineasta ativista Ellen Bruno.
Ele pode ser replicado na reder, desde que apresentados os créditos abaixo e que não se faça uso comercial do mesmo:
© Human Rights Education Associates (HREA), Soka Gakkai International (SGI),Office of the United Nations High Commissioner for Human Rights (OHCHR), 2012
CLIQUE AQUI PARA VER O FILME.
Fotos: Ellen Bruno, cineasta, arte-ativista e educadora em Direitos Humanos.
Artes do DDH: Mirim, escritora, ilustradora, designer, cine-animadora-roteirista, arte-ativista e educadora em Direitos Humanos. Coordenadora de Comunicação no Instituto de Defensores de Direitos Humanos – DDH.
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domingo, setembro 13, 2015
Chacal, o poeta
Encontro com Chacal, o poeta.
Miguel Pereira – RJ, 12 de setembro de 2015, FLICEPE, a Feira Literária de Paty do Alferes.
Miguel Pereira – RJ, 12 de setembro de 2015, FLICEPE, a Feira Literária de Paty do Alferes.
Papo de Índio
veiu uns ômi de saia preta
cheiu di caxinha e pó branco
qui eles disserum qui chamava açucrí.
aí eles falarum e nós fechamu a cara.
depois eles arrepetirum e nós fechamu o corpo.
aí eles insistirum e nós comemu eles.
cheiu di caxinha e pó branco
qui eles disserum qui chamava açucrí.
aí eles falarum e nós fechamu a cara.
depois eles arrepetirum e nós fechamu o corpo.
aí eles insistirum e nós comemu eles.
Chacal.
O Outro
só quero
o que não
o que nunca
o inviável
o impossível
o que não
o que nunca
o inviável
o impossível
não quero
o que já
o que foi
o vencido
o plausível
o que já
o que foi
o vencido
o plausível
só quero
o que ainda
o que atiça
o impraticável
o incrível
o que ainda
o que atiça
o impraticável
o incrível
não quero
o que sim
o que sempre
o sabido
o cabível
o que sim
o que sempre
o sabido
o cabível
eu quero
o outro
o outro
Chacal.
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