terça-feira, março 10, 2015
Palestras, oficinas e cursos com Thais Linhares
Temática abordada na oficina:
Literatura de Cordel: texto, história e arte da xilogravura.
Sinopse da Oficina:
Conheceremos a arte da literatura de cordel e criaremos cordéis, na rima, no ritmo e também nas tintas e papéis. Para pendurar no fio de nossa ciranda.
Apresentação da Oficina:
Através do princípio muito ecologicamente correto de uso de materiais da terra, e apresentando uma prima da xilogravura, prima esta que é muito saudável, chamada batatografia, imprimimos cordéis de grande bom gosto mediante o emprego de matrizes feitas com lâminas do tubérculo pomme-terrae, aquele domesticamente conhecido como BATATA.
Assim o cabra, e a moça, poderão ilustrar seus repentes com bonitas e coloridas imagens. O carimbo de batata, sendo resistente e cheiroso, permite uma boa tiragem dos impressos mais arretados que já se viu nestes sertões paulistas.
Aí foi: a batata, a tinta (plástica comum, não precisaria ser de gravura), grampeador e o papel. No lugar da goiva de metal tradicional, usamos qualquer ponta seca: canetas bic, palitos, lápis sem ponta.
O Cordel da Batata consiste em duas ou mais folhas de A4 dobras e cortadas para formar o libreto, 1/2 escrito a mão, 1/2 ilustrado.
A vantagem do cordel de batatas é que até as crianças pequenas podem fazer, sem perigo de ferir as mãos.
Batatógrafa: Thais "da Gota Serena" Linhares
Ilustradora, escritora e gravadora com mais de 20 anos de mercado editorial e de artes gráficas. Associada AEILIJ.
Formada pelo Senai de Artes Gráficas e Bacharel em Artes Plásticas com especialização em gravura pela UFRJ – Escola Nacional de Belas Artes.
Objetivo da Oficina:
Estimular a criatividade de forma casada entre texto e grafismo. Gerar o gosto pela arte do cordel e seus desdobramentos. Fomentar a socialização e cooperação através da artes.
Justificativa da Oficina:
Com essa oficina posso passar duas grandes paixões: cordel e xilogravura. Sou xilogravadora formada pela UFRJ - Belas Artes/Gravura. Usando recursos mais seguros como matrizes de batatas (evitando o uso da madeira e goivas que poderiam ferir os iniciantes), e fazendo junto uma oficina de versos de cordel, completo um ciclo criativo com ambas as artes.
Desenvolvimento:
Na primeira parte, cada participante será estimulado na busca de sua temática e desenvolvimento de seus versos. Depois faremos a arte dos mesmos usando matrizes simples feitas com lascas de batata.
No segundo encontro será a apresentação e apreciação dos cordéis.
Conteúdo programático da oficina:
Primeiro encontro:
A arte do cordel: seus artistas, sua história, leitura de alguns cordéis famosos;
Escrevendo o cordel: busca do tema, o ritmo e os versos, o cantar;
Publicando o cordel: preparar os cadernos para impressão, escrita e título;
Batatogravando o cordel: preparo das matrizes, tintas, gravação e secagem.
Segundo encontro:
Finalização das artes, e apresentação (declamação) dos cordéis e hora de muito ô-xente.
Leitura final dos clássicos dos cordéis brasileiros.
Entrega do título honorário de Batatógrafo-cordelista-da-gota-serena.
Equipamentos necessários:
Varal para pendurar os cordéis para secar, mesas de trabalho, grandes, acesso a banheiro, tanque de água.
Certificados impressos (produzirei as artes, o SESI pode imprimir? Pode ser fotocopia ou em impressora comum).
Materiais necessários:
Papel sulfite (branco e cores variadas, claras), lápis/canetas, um a dois quilos de batatas, faca de corte (uma, ficará comigo), bandeja de alumínio para entintar as matrizes feitas com as batatinhas, tinta plástica comum para artesanato várias cores.
Papel toalha em abundância para a limpeza das mãos. Aventais protetores, se possível.
Carga horária da oficina:
Dois encontros de três horas = 6 horas.
Quantidade ideal de participantes para a realização da oficina:
De 10 a 30 participantes.
Bibliografia utilizada na Oficina:
Cordéis clássicos e atuais. Exemplo (dos que eu levarei para leitura e apreciação):
"As Peripécias da Vaqueira Rosadina"- de Gonzaga de Canindé e Arievaldo Viana, Ed. Coqueiro - Recife - PE / 2011;
"Yoyô, o Bode Misterioso"– Arievaldo Viana, Ed. Coqueiro - Recife - PE/2011;
"O Peido e suas histórias", de Davi Teixeira, xilogravado por Wagner Porto – União dos Cordelistas de Pernambuco/2010;
"Maria Bonita - A eleita do Rei", de Gonçalo Ferreira da Silva, ed. Queima Bucha, Mossoró - RN;
"Dom Quixote de La Mancha - Cervantes em Cordel", adaptação de Stélio Torquato Lima, ed. Queima Bucha, Mossoró - RN.
Faixa etária ideal para a atividade literária:
A partir de 7 anos (já alfabetizados).
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A primeira versão desta oficina eu fiz usando lascas de mandioca, daí o nome de Cordel da Macaxeira. Veja o relato abaixo de como correu o evento no Centro de Artes Calouste Gulbenkian, no Rio de Janeiro:
Fiquei muito feliz em ser novamente selecionada para me apresentar no Paixão de Ler – evento promovido para difusão da leitura no Rio de Janeiro, tudo graças à parceria com a AEILIJ.
Desta vez fui oficineira de cordel e gravura.
Nos encontramos no Calouste, com a turma 1305 da Escola Municipal Tia Ciata e alguns participantes adultos.
Ganhei uma sala enorme, com estrutura de ateliê, e podemos espalhar o material sem constrangimento pelas mesas. Todas as crianças puderam criar e produzir com gosto.
Iniciei o nosso encontro criativo falando sobre os cordéis, sua história e como eram feitos e distribuídos. Em seguida li para eles um cordel cômico, que arrancou boas gargalhadas dos presentes, deixando o desfecho para mais adiante, de forma a manter a expectativa alta.
Então, usando técnicas próprias de criação e roteiro, coloquei a meninada para elaborar seus próprios versos de cordel. O que foi fácil, dado o grande envolvimento e criatividade deles. Vou dizer que fiquei impressionada! Havia ali bons autores – futuros artistas? Quem sabe. O material criativo eles já possuem, e é uma questão de continuar trabalhando com eles.
Com os versos prontos, entreguei a cada participante cadernos montados na forma de cordel, para que neles escrevessem suas histórias e depois imprimirmos as capas.
Terminei então a narrativa do cordel que havia tanto divertido a todos, e ensinei sobre técnicas tradicionais de gravura. Em especial a xilogravura, mostrando os materiais que são usados e como são manuseados.
Ocorre que a xilo, por usar goivas cortantes, não seria apropriada para uma oficina rápida. Algumas pessoas, ainda não tendo habilidade com as faquinhas, poderiam se cortar. Eu mesma, a primeira vez que fiz gravura (com a idade aproximada daqueles alunos), acabei com uma goiva afiada enfiada na palma de minha mão.
Expliquei então que usaríamos lâminas de macaxeira no lugar da madeira, e pontas secas (palitos de churrasco, no caso) para traçar os desenhos nas matrizes.
Espalhei os suprimentos: tintas, pincéis, papéis para estudos, lápis, borrachas, macaxeiras e até lâminas de batatas (para quem quisesse também experimentar a "batatogravura").
As matrizes foram criadas e carimbadas nas capas dos cordéis!
Nos despedimos, as crianças com suas obras autorais, seus cordéis bem coloridos e poéticos nas mãos, e eu com memórias dos bons momentos no Paixão de Ler.
Muito obrigada, sobretudo a professora Aline Dias! Que elegeu minha oficina para seus alunos. Adorei conhecer vocês, e me senti muito honrada pela sua presença.
A seguir o texto de apresentação de minha oficina do Cordel da Macaxeira:
CORDEL DE MACAXEIRA:
Manigrafia (mani=mandioca + grafia)
Através do princípio muito ecologicamente correto de uso de materiais da terra, e apresentando uma prima da batatografia, imprimimos cordéis de grande bom gosto mediante o emprego de matrizes feitas com lâminas de macaxeira.
Assim o cabra, e a moça, ilustraram seus repentes com bonitas e coloridas imagens. O carimbo de macaxeira, sendo resistente e cheiroso, permitiu uma boa tiragem dos impressos mais arretados que já se viu nestes sertões cariocas de cimento e pedra.
Aí foi: a mandioca, a tinta (plástica comum, não precisaria ser de gravura), grampeador e o papel. No lugar da goiva de metal tradicional, usamos qualquer ponta seca: canetas bic, palitos, colherinhas de café miúdas.
O cordel macaxeira consistiu em duas ou mais folhas de A4 dobras e cortadas para formar o libreto, 1/2 escrito a mão, 1/2 ilustrado.
A vantagem do cordel de macaxeira é que até as crianças pequenas podem fazer, sem perigo de ferir as mãos.
Manígrafa: Thais "da Gota Serena" Linhares
Ilustradora, escritora e gravadora. Associada AEILIJ.
Formada pelo Senai de Artes Gráficas e Bacharel em Artes Plásticas com especialização em gravura pela UFRJ – Escola Nacional de Belas Artes.
Orientações e notícias sobre carreira autoral:
http://thaislinhares.blogspot.com
2 – Ilustrador – Formação e Trabalho"
Temática abordada na oficina:
A formação do ilustrador da prancheta à publicação.
Sinopse da Oficina:
Os participantes aprenderão como se preparar para ser um ilustrador profissional. Desde a fase criativa até a dinâmica de mercado.
Apresentação da Oficina:
Orientados por uma experiente ilustradora e editora de livros e artes, os participantes aprenderão sobre a dinâmica do trabalho de ilustração editorial, desde formação do artista até a publicação de seus projetos inclusive de como se apresentar ao mercado e lidar com contratos de Direitos Autorais. Paralelamente serão acompanhados e avaliados em um projeto de ilustração que lhe será proposto.
Objetivo da Oficina:
Fornecer ao participante em essência o que ele precisa para começar de fato a produzir e trabalhar com ilustração em termos de como se desenvolver artisticamente, como se apresentar ao público e de como funciona o mercado.
Justificativa da Oficina:
Poucos, de fato nenhum, curso atual oferece noções realistas do que significa ser um ilustrador. Focados sempre em técnicas e textos, se esquecem de trabalhar importantes pontos como o relacionamento com o escritor e editor, as variações da dinâmica textual, o respeito do público e a identificação de qual seu público, a importância imensa que é o trabalho do ilustrador na representatividade de nosso povo e cultura, e o pulo do gato: como funcionam os contratos de publicação e o que é de fato o papel da Lei de Direitos Autorais Brasileira.
Tanto meu blog como canal de YouTube são referências no meio para quem busca orientação profissional e criativa. Um de meus papéis como membro da diretoria da AEILIJ – Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil e fornecer esse apoio.
Meu blog: http://thaislinhares.blogspot.com.br/
Meu canal: https://www.youtube.com/channel/UCjPtJveN7ntrhh96iDkMNWg?feature=mhee
Desenvolvimento:
Ao longo de três encontros, acontecerá:
1- Apresentação, proposta de projeto, questões referentes à formação e fase criativa;
2- Primeira avaliação dos projetos; aprofundamento na narrativa visual, tipos de publicações, apresentação ao mercado;
3- Avaliação final dos projetos; aula sobre a busca do público leitor e como se dá a publicação.
Conteúdo programático da oficina:
1 - Apresentação mútua, onde farei a proposta do projeto que será desenvolvido ao longo do curso. Estarei sempre acompanhando o desenvolvimento do mesmo, onde aproveitarei para aprofundar na prática questões da técnica de arte e comunicação (composição, drama, narrativa visual, cores, traços). Neste momento, os participantes serão estimulados a trazerem seus trabalhos prévios (caso os tenham) ou literaturas nas quais desejem se inspirar;
Inicio da orientação sobre a formação e trabalho do ilustrador: como e onde estudar, como desenvolver-se criativamente e estimular as suas habilidades únicas; abordagem das técnicas e estilos submetidas ao texto e público.
2 - Primeira avaliação do andamento dos projetos, e trabalhos prévios, se houver;
A narrativa visual aprofundada: como se desenvolve a narrativa, cuidados que devemos ter, os erros mais comuns, respeito ao público e ao escritor, a originalidade (e o que é plágio).
Orientação sobre montagem de portfolios e apresentação aos editores/produtores. Tipos de mercado e público
3 - Avaliação final dos projetos; aula sobre direcionamento de sua arte ao seu público, considerações sobre o mercado atual: quem é quem, e como se projetar e buscar seu melhor potencial criativo e produtivo; como abordar um editor ou um escritor, o que se deve saber (muito bem) sobe contratos, Direitos Autorais, serviços, associações e parcerias criativas. Exemplos reais de contratos: os leoninos e os bons.
Equipamentos necessários:
Notebook com projeção de power point, quadro branco/negro ou flipchart com blocão de papel para que eu rabisque nele.
Materiais necessários:
Material de desenho à escolha dos organizadores/participantes:
sulfite, lápis, canetas, cores.
Carga horária da oficina:
Dois encontros de 3 horas cada = 6 horas. Se possível dar um espaço de pelo menos um dia entre cada encontro.
Quantidade ideal de participantes para a realização da oficina:
De 10 a 30 participantes.
Bibliografia utilizada na Oficina:
"Writing an Illustrating Children's Books"– Berthe Amoss e Eric Suben – ed.Writer's Digest Books;
"How to Write and Illustrate Children's Books and get them published"– Treld Pelkey Bicknell e Felicity Trotman – ed. Mc Donald;
"O que é qualidade em ilustração", de Ieda de Oliveira, ed. DCL/SP;
"Direito Autoral" de Otávio Afonso - ed. Manole;
"Manual do Direito do Entretenimento" – Andréa Francez, José Netto, Sérgio Famá – ed. SENAC/ edições SESC-SP.
Faixa etária ideal para a atividade literária:
A partir de 12 anos.
3– "Lendo Imagens – a ilustração e a literatura"
Temática abordada na oficina:
A arte de ilustrar, como se faz, quem faz, porquê faz, e sua relação com quem lê, com a sociedade, com a cultura. Apresentação também de dinâmicas para potencializar o poder transformador da arte em sala de aula.
Sinopse da Oficina:
Palestra e conversa sobre a arte de ilustrar, como fazemos a leitura de imagens dos livros e entendemos seus criadores, e como potencializar essa fruição através de dinâmicas de aprendizado.
Apresentação da Oficina:
Uma ilustração não é apenas um elemento decorativo do texto. É a porta para mundo interiores e exteriores para onde podemos viajar e interagir.
Ao longo de um gostos bate-papo, os participantes aprenderão a ver de forma mais profunda o trabalho dos criadores das artes dos livros. Cores, formas e narrativas se desdobram em múltiplas leituras, que se compreendidas e trilhadas, tornarão ainda mais aprazível e significativa a fruição das obras artísticas.
Objetivo da Oficina:
Fornecer aos arte-educadores e leitores críticos uma "visão de raio X" do processo de ilustração e potencializar a leitura e o trabalho com a ilustração em sala de aula.
Justificativa da Oficina:
Quando uma obra é apreciada ou avaliada, em geral foca-se no conteúdo textual. Poucas vezes se potencializa o trabalho gráfico do ilustrador, o trabalhando em sala de aula, ao junto ao leitor. Curioso que justamente a linguagem visual, tão forte e primitivamente a primeira linguagem de acesso do leitor ao mundo da narrativa, seja tão negligenciada! Em tempos de visualidade opressiva como os atuais, entender como funciona essa dinâmica se torna ainda mais urgente.
Esta palestra foi originalmente oferecida para um auditório de mais de 500 professores de rede municipal de Belo Horizonte - MG, com intuito de equipá-los com as ferramentas críticas para melhor fruir das artes ilustradas, e levar esse entendimento para seus alunos. Da mesma forma um pai ou uma mãe que queira ampliar o prazer da leitura das imagens junto aos seus filhos, ou um leitor voraz de livros ilustrados, irá gostar de ver os bastidores de como se ilustra uma obra, de onde vem as imagens, a relação com nossa cultura, sociedade e tempo. E o inestimável valor que isso tudo tem para a representatividade de nosso povo, de nós mesmos.
O poder da literatura está em estimular o emocional do leitor.
Tudo que é proposto com prazer, a mente retrabalha e não esquece mais. Por isso a arte sempre foi considerada transformadora.
Desenvolvimento:
Através de um bate-papo descontraído, porém rico em conteúdo, conversarei com os participantes sobre como se dá o relacionamento da arte visual com a narrativa. Falando das questões técnicas, mas também criativas e emocionais.
Conteúdo programático da oficina:
1– Uso da imagem:
Como explorar a linguagem visual dos livros para cativar o leitor.
A busca pelo contexto, de onde veio e o porquê da imagem.
Exemplos práticos com a avaliação de imagens em livros.
2- Imagem na literatura:
Como o ilustrador traduz visualmente uma história;
suas técnicas de narrativa visual e apelo emocional.
Análise crítica de alguns ilustradores famosos.
3– Vivendo a arte:
Onde e como buscar mais contato com arte. Propostas de práticas que os arte-educadores podem usar com seus alunos.
Equipamentos necessários:
Precisarei de um notebook e projeção de Point-Power point. Acesso a alguns livros ilustrados (da própria instituição) é um plus.
Materiais necessários:
Apenas cadernos para anotações.
Carga horária da oficina:
Três horas.
Quantidade ideal de participantes para a realização da oficina:
A partir de 10 participantes até um auditório cheio.
Bibliografia utilizada na Oficina:
"O que é qualidade em ilustração", de Ieda de Oliveira - ed. DCL
Faixa etária ideal para a atividade literária:
A partir de 16 anos - essa palestra é voltada a arte-educadores e leitores críticos.
4 – "O Herói de sua história"
Temática abordada na oficina:
Oficina de criação de personagens literários e suas narrativas.
Sinopse da Oficina:
Uma boa narrativa literária começa com uma elaboração bem cuidada se seu protagonista. Aprenderemos como fazer isso e seus desdobramentos no desenrolar da história e demais elementos da narrativa.
Apresentação da Oficina:
O primeiro passo para um boa narrativa é a elaboração competente do protagonista que irá conduzir a história. É a partir das respostas e escolhas deste, que a história se desenvolve diante do leitor e uma boa "montagem" de suas características físicas e psicológicas é fundamental para a identificação do leitor com suas buscas e dramas. A instrutora introduz os participantes à teoria da criação de uma personagem.
Objetivo da Oficina:
São dois objetivos principais:
1– tornar transparente ao público os elementos chave da narrativa. A partir daí o participante nunca mais verá uma obra literária ( e demais obras suportadas em narrativas) com os mesmos olhos. Passará a enxergar por trás da carpintaria necessária para a montagem de um bom texto/roteiro, inclusive no tocante a linguagem visual quando das obras onde textual e visual se complementam;
2 – Que o participante seja capaz de, fazendo uso das técnicas e teorias ensinadas, criar sua própria literatura. E que no espaço de tempo da oficina já elabore um esqueleto de narrativa para posterior desenvolvimento.
Justificativa da Oficina:
Crescemos com a impressão de que para ser um bom escritor bastaria um "dom" ou um "instinto". E que a boa escrita seria sempre espontânea. A verdade é que existe por detrás do bom texto uma série de ferramentas que são muito bem dominadas pelos autores. Mesmo os autodidatas as usam e sabem de sua importância. Após essa oficina os aspirantes ao trabalho autoral serão capazes tanto de produzir suas obras com domínio da forma da narrativa, quanto avaliar com maior poder as narrativas as quais se fizerem crítico-leitores.
Desenvolvimento:
Essa oficina, sobre personagens e suas narrativas, prepara os participantes para a segunda parte da atividade onde individualmente, ou em duplas, ou grupos, irão materializar as personagens que criarem, ou mesmo algumas de suas personagens favoritas. Então, serão convidados a apresentarem as suas criações a todos, e juntos avaliaremos os resultados fornecendo os primeiros passos para a elaboração de um esqueleto de narrativa. Na prática, cada alunos sairá desta oficina com a trama pronta para criar sua própria história.
Conteúdo programático da oficina:
Trabalharemos os tópicos:
– Como criamos uma personagem?
– Quais os tipos de personagem que podem surgir daí?
– Por que criarmos personagens?
– O que é uma boa personagem?
– E quando falha?
– Qual a motivação da personagem?
– O que se busca?
– Quais seus pontos fortes? E os pontos fracos?
– Que características interessantes ela possui?
– E as manias, detalhes inusitados que podem ajudar a caracterizar essa personagem?
– Que desafios ou prêmios o mundo apresenta e como a personagem reage ao desafio?
– Como o personagem "molda" a narrativa e vice-versa?
– Sobre o antagonista, os aliados, o núcleo do antagonista x o núcleo protagonista;
– A "imagem pregnante" da narrativa textual e/ou visual;
– Como plantar os elementos diegéticos da história que ajudarão na resolução de conflitos;
– Preparando a cena de batalha;
– O destino final da personagem.
Então os participantes construirão suas personagens, as apresentarão e trabalharemos as tramas básicas da narrativa à partir das mesmas.
Equipamentos necessários:
Um projetor de Power Point, notebook para que eu possa inserir o arquivo da apresentação em Power Point.
Detalhe: se no local isso não for possível, pode-se abrir mão deste equipamento.
Materiais necessários:
Todos os participantes deverão ter material para escrever e/ou desenhar: papel sulfite, lápis, borracha, ou material de sua preferência.
Carga horária da oficina:
6 horas divididas em dois encontros (3h cada).
Quantidade ideal de participantes para a realização da oficina:
De 10 a 30 participantes.
Bibliografia utilizada na Oficina:
Story - Substância , Estrutura , Estilo e os Princípios da Escrita de Roteiros - Robert McKee , editora Arte e Letra – RS, 2006
Faixa etária ideal para a atividade literária:
A partir de 12. Entretanto é melhor não misturar os públicos. O ideal é que um grupo só tenha crianças, outro só jovens e adultos. Assim eu adapto as referências e linguagem a cada público.
5– Oficina de máscaras O Monstro que me habita: o folclore das américas a serviço do medo que não conhece fronteiras.
6– Oficina Armorial: Heráldica e arte medieval para jovens damas e cavaleiros.
7 – Aquarela e aquarela botânica
8– Desenho.
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