terça-feira, junho 26, 2012

Publicação de Autor


Um dos estudos que fiz para a capa do livro 
"O Pequeno Filósofo" de Gabriel Chalita, 
editado pela Editora Globo.


Algumas dicas pra quem pretende fazer uma pequena edição familiar, se auto-publicando, e quer chamar um ilustrador pra trabalhar no livro.

No mundo editorial os ilustradores e escritores recebem com base em Direitos Autorais. Não há regra pra como se dá a remuneração, mas é obrigatório a assinatura de um contrato. Mesmo se não houver um contrato escrito, é entendido que alguns acertos de prazo e tiragem padrão serão aceitos por ambas as partes (quem cria e quem publica).
Segundo a atual Lei dos Direitos Autorais (LDA) quando as partes não assinaram um contrato em papel, o que passa a valer é: prazo de 5 anos, tiragem de até 3.000, uma edição em português para venda no Brasil.

Assim, se você acertou com um ilustrador um valor fixo e não assinaram contrato nenhum, você pode explorar comercialmente as artes dentro destes parâmetros padrão.

O correto porém, é escrever um contrato, que não tem mistério, apenas se esclarece pra que se pretende da arte. Em seu caso, o acordo poderia ser até verbal, visto que não há interesse comercial nenhum. É um presente pessoal. 

Quando calculo a remuneração por meus desenhos, costumo tomar como base qual será a tiragem, o prazo, os usos, se receberei um valor fixo inicial, se receberei percentuais sobre vendas e novos usos...

No caso de um presente pessoal, o valor poderá de ser menor do que do uso comercial, que é caro! Assim, o que precisa é encontrar um ilustrador que se disponha a fazer as imagens pra esse presente, por um valor que caiba em seu bolso, e que compense a perda do valor comercial pro ilustrador.

O formato do livro irá depender de como irá imprimí-lo. Os formatos mais usados são os A5 e  A4. Se for gráfica rápida, do tipo que faz poucos exemplares, creio que pode ter o número de páginas que quiser. Para grandes tiragens comerciais, em gráficas grandes, tem limitações que são – os editores sempre procuram encaixar o livro em múltiplos de 16: 16 pgs, 32 pgs, 48 pgs... visando melhor aproveitamento do papel, que chega formatos enormes, onde são impressas várias páginas lado a lado de uma vez só e então dobradas e recortadas.

Mãos à obra!

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