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quinta-feira, março 22, 2018

Galeria – EU VI MAMÃE NASCER – Geração Editorial

Ampliei o simbólico destas imagem, colhendo como referência o movimento político-cultural do Pré-Rafaelitismo, ou ainda sua faceta em produção o Movimento Arts & Crafts, uma resposta libertadora e humanizadora da classe artística inglesa à crescente desumanização e escravidão dos trabalhadores pela Industrialização da produção e expulsão dos campos dos lavradores.


O tempo, como uma maçã, assim que o mordemos, começamos a consumir a vida até sua ruína. Saímos do "paraíso" da eternidade.


O filme no qual me inspirei para essa imagem é "O Cavaleiro Sem Cabeça", versão do diretor Tom Burton, onde ele cria numa linda cena uma suposta memória de infância de Ichabod Crane com sua mãe feiticeira. Quis trazer para o livro de Luiz a magia desta cena.


Analogia do correr do tempo com o correr de águas é clássica e não poderia ser desprezada.

Curiosidade: todas as fadinhas desta iluminura são negras. Porque houve desde meu primeiro livro ilustrado a preocupação com a representatividade das crianças brasileiras. Que são negras, brancas, e todas as variações que vierem a crescer neste solo fértil de possibilidades. Bem criança, e criança nunca é boba, reparava que TODAS as obras criadas para nós eram extremamente racistas, classistas e excludentes. Criando dor emocional através de narrativas distorcidas.


O ovo é o símbolo da alma e também do renovar.



Estes dois painéis trazem personagens e artistas do movimento dos Pré-Rafaelitas. A Dama do Lago, Rei Arthur, Merlin e a bela pintora e musa maior do movimento, a Jane Morris.


Ache o linguado!



Acrescentei várias alegorias nesta releitura de uma famosa obra Pré-Rafaelita.

O nome da flor é Íris, e eu a retirei da belíssima obra de William Morris, o grande organizador do movimento Arts&Crafts, junto com suas duas filhas e esposa Jane Morris. Eles eram comunistas, e editavam um periódico chamado The Germ, distribuídos nas portas da fábricas e esquinas de Londres, como forma de resistência ao avanço desumano do Capitalismo Industrial.



Um jardim tropical inteiro no estilo William Morris.



Caxinguelês na careta da árvora, cotias e bem-te-vis. 
Fauna do meu bairro.

 Alegoria do renascer,
Abstração do tempo.


E o tempo real. Inseri uma memória minha aqui no livro do Luiz Fernando Emediato. O cão dálmata, Yuri Gagarim, cuja saudade é imensa.

Alegoria da tradição popular: "virar estrela e brilhar pra sempre".




Capivaras.

Greenman, o homem-verde celta da morte e renascer.
Uma referência dentro da referência. Os pré-rafaelitas se ligavam com as tradições simbólicas pré-romanas dos celtas. Buscavam no medievalismo a transcendência da alma e o resgate da ligação com a natureza.









Criei para esse livro uma padronagem original a partir das artes de Morris.




A técnica de pintura que usei aqui foi traço a nanquim com pintura em aquarela pasta mais aquarela Ecoline.



terça-feira, fevereiro 10, 2015

Folk na Kombi, Porão e namorados na Paulista

Terça-feira 3 de fevereiro:

Alexandre Lemos tira lágrimas de meus olhos com sua bonita apresentação antes do show. Você quer dançar?

Artes: Traços do show do Folk na Kombi no Tom Jazz – São Paulo. 
Com Gisele "Gigi" Endrigo.












Aqui o som do Folk na Kombi.



Sexta-feira 6 de fevereiro:

Av. Paulista, início de uma agitada noite paulina.
Duas senhorinhas, a primeira robusta, com a beleza Diane Fossey, despacha a segunda, uma delicada bonequinha de porcelana coroada de algodão.
Seguindo minha paranóia de carioca, passei a vigiar cada passo da miúda enquanto ela se dirigia sozinha para chamar um taxi.
Não paravam.
Colei às costas dela, pra que parecesse que a acompanhava. E fiz parar um taxi. Só então ela me descobiru e tomou um susto. Pior, ainda pediu desculpas achando que o taxi tinha parado pra mim, e não para "nós". Eu explico e a ajudo a entrar no carro. Agradeceu, a fofa, queria até me levar junto.
(Mas eu é que queria essa avozinha linda pra mim).

Artes: com Karina Carlla, logo após o desfile do Broco do Burocra, atrás do espelho para descobrir que São Paulo é um ovo e o ninho é o Porão:











Segunda-feira 9 de fevereiro:

A reunião no SESI SP foi fantástica! Imagina apertar a mão do ídolo Walter Ono!?! Com os olhinhos brilhando: "Sou sua fãhnnnn!!!"
Ele: "Há, mas você é da geração (de leitoras) da Ruth Rocha!"

Artes: na Av. Paulista, entre dois "bolos" e um violino nas costas, fiz traços do amor (isto é, usei de modelo os casais que namoravam nos bancos do parque, mas sem colocar nada que os identificasse, mudei algumas coisas, afinal, eles podem não curtir privacidade, mas eu acho necessária).
Meu amigo Alberto Akira Kono identificou o parque pra mim, é o Parque Trianon, bem em frente ao MASP. 



Fiz amizade com a guardadora do WC feminino. Quando você passar por lá diz pra Enésia que mandei um beijo.


Trilha sonora desta tarde solitária.


Auto-retrato com violino e aerogatos:


Até a próxima Sampa da boa música!